Talvez, para sociedades e culturas como a nossa, a brasileira, seja realmente muito difícil o momento do rompimento com o passado.

Aprisionados em lembranças, nos mantemos atrelados a coisas que precisariam apenas ser guardadas.

Mas insistimos em fazer delas o necessário trampolim para um salto no futuro.

Nem todas as sociedades são assim, mas viver diariamente um passado de "machucados" não leva adiante grupos sociais que já estejam atrasados frente a mudanças galopantes da realidade.

Dias melhores virão, se acreditarmos neles e rompermos os grilhões que nos atrelam ao passado.

Porque há passados que falam de glórias e crescimento, e nos dão força.

E há passados que amarguram cada novo amanhecer.

Talvez,
Para não dizer que não falei de flores, bastasse guardar na caixa de lembranças que houve uma tal vez.

E que,
realmente,
amanhã será outro dia.