Do Livro
Atitudes de Prevenção - capítulo III
(05/04/2006)
Hoje a pediatria brasileira deveria decretar luto oficial e, em seguida, rir, rir muito, gargalhar, de rolar no chão. Pura homenagem.
Desde que comecei a série sobre a medicina preventiva adotei o hábito de escrever em itálico as posições pessoais, as tentativas de ser cronista ou poeta, tudo que não seja ligado cientificamente ao texto.
Iniciando com duas abordagens sobre pré-nupicial ou " pré-concepcional" segue-se o momento de falar dos cuidados de pré-natal, de tudo aquilo que devemos fazer quando recebemos a notícia que somos geradores de um novo bebê.
E qual deve ser a primeira atitude quando esta notícia chega? Uma longa e sonora gargalhada. A ciência já provou, o que será confirmado cada vez mais, inclusive pela saúde daquele que vai chegar, o poder possitivo que a alegria e o riso tem sobre o nosso organismo.
A segunda atitude? Programar, desde então, a primeira ida ao circo. Mesmo que seja antes dos três meses de idade, eu garanto que o bebê irá sorrir.
Querido Carequinha, na sua última cambalhota Deus o agarrou pelos suspensórios, mas dos seus bolsos furados, da sua flor na lapela, dos seus sapatos abertos, da sua calça descosturada, cairam em arco-íris os sorrisos e a alegria que permanecerão entre nós.
Humilde seguidor e eterno aprendiz da arte de fazer uma criança sorrir, adoto desde muito sua figura como patrono dos meus atos médicos, e sugiro hoje que você seja designado membro honorário, ou melhor, presidente de honra, dos " Doutores da Alegria".
Tenho certeza que você olhará lá de cima para todo esse povo que aqui ficou debaixo da sua lona, e em especial, para os "Falcões" cujo único vôo desejado era o do trapezista.
Àqueles, como o pessoal do "Se essa rua fosse minha", a todos que trabalham com o circo social, e particularmente a um amigo que nos últimos tempos vem fazendo desajeitadas imitações das suas entradas no picadeiro, a esperança de que se multipliquem por mil estas ações de incalculável significado e sensibilidade.
À você, espelho eterno de todos os palhaços do mundo, o meu mais largo e profundo sorriso.
"...uma pirueta, duas piruetas,
bravo,
bravô".
OBS: a imagem do texto é mais uma bela obra da ARTE NAÏF , que retrata LUCAS, O EVANGELISTA (protetor dos médicos e dos artistas) de autoria de uma famosa artista de Brasília -DF chamada VERA MARINA BARATA RIBEIRO