O PUM NO ELEVADOR
Cobertos e recheados por bactérias, somos por vezes surpreendidos com um súbito aumento da população destes seres que produzem gases, dentre eles o metano, cujo odor por vezes detectamos quando eliminados em forma de flatos.
Embora evento normal, procuramos sempre contê-los quando em ambientes públicos, porque nem sempre são bem recebidos e as “mãos amarelas”, ou o sorriso depois do fato, do flato, são por todos comentados.
Muito mais do que saber quem matou Odete Roitman, Celso Daniel, Marielle Franco ou John Kennedy, nos preocupamos diariamente
apontar nosso dedo que percorre as manchetes para aquele ou aquela que seja imputado (a) como responsável pelo poderoso flato.
No nosso País de bullyings e mobbings sustentados e acobertados, cabe a quem é apontado(a), sem poder dar concretude à sua defesa, assistir a publicação da notícia, matéria, orgânica, em manchetes da mídia de semelhante cor.
Interessante é o fato de que, quando o flato ocorre dentro do elevador, quem acusa procura sair rápido da cena, e sem olhar para trás.
Vai que o rabo fica preso.