A VIDA
Há 20 anos venho colocando em escritos as minhas reflexões, pensamentos, opiniões políticas, sentimentos, esperanças e expectativas.
Releio muitos destes escritos que espelham meu cotidiano, tanto o interior quanto o exterior e observo feliz a existência de uma coerência em mais de 95% do que expus.
Percebo também a coragem de lidar com os 5% restantes, me transformando a cada vez que tropeço em mim mesmo.
Ao mesmo tempo, vivo a tristeza de perceber a quase total ausência de originalidade nestas coisas do mundo.
E então me volto para a poesia, a minha e a de alguns tantos outros, da arte uma das vertentes, capaz de fazer de cada luar uma lua nova, de cada flor a matiz de 64 mil cores, de um perfume incontáveis nuances, da mulher escolhida uma nova Deusa, e assim preencher cada novo e repetitivo dia com a eternidade de possibilidades.
Quando me faltar a intuição vou me revisitar, vou reler Liane, vou lembrar dos meus amores, me cobrir com minhas saudades e adormecer,
mais uma vez,
de mãos dadas com ela